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Trazemos a lume, em anexo a este trabalho, um formato ilustrativo de uma edição de procedimento coletivo. Reiteramos uma vez mais o caráter de procedimento, em razão de não se tratar de uma simples campanha esporádica ou isolada, mas de uma atividade seriada, como já anteriormente comentado. Daí usarmos o termo “edição”, que deve ser implementada todos os anos para “todas” as crianças. Forçoso é esclarecer a importância e a necessidade do uso da
linguagem infantil. Colecionamos, por oportuno, um trecho da Enciclopédia Britânica
a respeito do pai da pedagogia moderna, Johann Henrich Pestalozzi, sobre o método
pedagógico implantado em seu famoso internato de “Yverdon,” fundado em 1.805 e
freqüentado em seus vinte anos de funcionamento por estudantes de todos os países
da Europa, e cujo método foi adotado por educadores de todo o mundo: “O currículo adotado dava ênfase
à atividade dos alunos, iniciando-se com o conhecimento de objetos simples até
chegar aos mais complexos, partindo do conhecido para o desconhecido, do concreto
para o abstrato, do particular para o geral. Por isso as atividades mais estimuladas
em Yverdon eram desenho, escrita, canto, educação física, modelagem, cartografia
e excursões ao ar livre.” Eis a razão para criarmos uma campanha ilustrativa bastante
alegórica, em sentido figurado, dando margem à imaginação da criança, a fim de
que ela própria venha a conjeturar suas conclusões quanto aos efeitos do uso ou
desuso dos instrumentos de combate à cárie. Vale a pena ressaltar que a única edição de procedimento coletivo
que temos notícia com um pedagógico material ilustrativo foi o projeto Inovações
no Ensino Básico – IEB, através da história em quadrinhos “A Turma da Mônica e
a Saúde Bucal” ¹, o qual, no entanto, alcançou apenas 1 milhão de crianças
de um total de, aproximadamente, 7 milhões em todo o Estado de São Paulo. Imprescindível outrossim, inclusive para a própria boa compreensão
da proposta deste projeto, é reiterar a teoria do Professor Cesário Antonio Duarte
de que o fio dental não é apenas um coadjuvante no universo da higiene dental,
mas seu protagonista em parceria com a escova de dente; e, principalmente, trazer
a lume uma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo sobre a ocorrência
de traumatismos decorrentes do uso do fio dental em 120 crianças de 5 a 12 anos,
alunas de uma escola estadual localizada no município de São Paulo. Referida pesquisa diagnosticou um percentual de 60% de possibilidade
do uso correto do fio dental em crianças de ambos os sexos aos 9 anos de idade,
confirmando o resultado obtido por pesquisas norte americanas de D. J. Forrester
et alii, e S. H. Y. Wey, da Philadelphia; e de R. E. Stewart et alii, de St Louis. Pesquisas nacionais e internacionais, portanto, corroboram
o alicerce científico de nosso projeto. Nossa proposta prevê, destarte, que uma vez ao ano seja fornecido
um tubo de 100 metros de fio dental para crianças, jovens e adolescentes a partir
dos 9 anos de idade, matriculados na rede pública de ensino, acompanhado de um
material pedagógico, além da escova e da pasta dental, que já deveriam ser fornecidas
trimestralmente a todas as faixas etárias. A metragem acima referida do rolo de fio dental estaria dentro
dos parâmetros de aproximadamente 27 centímetros que acreditamos suficientes para
a utilização diária mínima necessária durante os 365 dias do ano. Especialistas
chegam a mencionar que 20 cm. de fio já seriam suficientes para a sua utilização. Ressaltamos, outrossim, que nem todas as cidades estão equipadas
com amplos lavatórios, popularmente conhecidos como escovódromos, para
atividades como escovação diária ou mesmo para bochechos de flúor semanais como
prevê o procedimento coletivo previsto na Portaria nº 1.230/99-MS. Mas é fundamental que a ação do governo seja direcionada
principalmente para o aprendizado, inclusive dos próprios pais ou responsáveis,
a fim de que a higiene seja realizada no círculo doméstico. 1) INTERNET - www.monica.com.br > Instituto Cultural > Histórias Seriadas. 2) ESTUDO Sobre a Ocorrência de Traumatismos, Decorrentes do Uso do Fio Dental, em Crianças de 5 a 12 Anos, Revista de Odontologia da USP, 01 a 06/92, p. 50. |
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